Conversa Com Uma Amiga
O mundo não precisa da nossa vaidade Precisa da nossa sabedoria Um exercício eterno de despir o ego e aprender, aprender, aprender …
O mundo não precisa da nossa vaidade Precisa da nossa sabedoria Um exercício eterno de despir o ego e aprender, aprender, aprender …
Antes de ter qualquer familiaridade com a yoga, ouvi diversas vezes que um dos segredos da prática, além do ritmo da respiração, é o fluxo de pensamento. Devemos não pensar em nada, simplesmente fazer as posturas até onde for possível e deixar o corpo derreter no tapete. Foi então que um dia desses eu comprovei a teoria na prática, porque se eu tivesse ido de encontro aos meus pensamentos teria abandonado a aula na segunda posição, estava me sentindo a garota estranha da turma, sentimento já recorrente de outros tempos. No ballet ou na educação física, atividades que eu desempenhava sem muito entusiasmo, era frequente o desencontro, enquanto o pessoal se movimentava para o lado direito eu virava pro esquerdo, enquanto todos se concentravam na aula atentamente, eu me concentrava nos mistérios dos planetas, enquanto a classe saltava em pontas suavemente, eu saltava e caía no chão feito uma carambola madura. No tal dia da comprovação da aula de yoga não foi diferente, a professora disse para fazermos a saudação ao sol – posição clássica de toda aula – e foi como se eu jamais tivesse ouvido aquele nome, não fazia idéia do que se tratava, meu pensamento estava resolvendo questões na lua e meu corpo por sua vez indicava um desconhecimento absoluto do movimento. Eu estava conseguindo ser a garota estranha da minha própria aula particular de yoga. Um feito e tanto. (Imagem Phoebe Waller Bridge via)